No mar… tudo cabe
O azul que deixou de ser cor
Ninfas ondeando na branca espuma
Dos pescadores laboriosa humildade
O lamentoso canto de gaivotas enamoradas
Dos surfistas a malabarista vaidade
O repouso das sereias nas furnas escarpadas
O deslumbramento de quem a Vida sabe.
No mar… tudo cabe
Risos de infância trazidos pela maré
Beijos rolando nas alterosas vagas
Promessas fortuitas em soltas areias
Paixões em viscosas algas enredadas
Desejos arrefecidos na falsa bruma
Esperança perdida em portos abandonados
Um alvorecer diferente em cada madrugada.
No mar… tudo cabe
Tu e eu nas memórias do tempo
Bola de fogo a reluzir no entardecer
Proeza de homens em volvidas odisseias
Cântico de deuses no sussurro do vento.
(desconheço autoria)
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